domingo, 5 de setembro de 2010

Enfermagem Vale a Vida: por uma nova proposta!

Quando decidimos este nome para a nossa plataforma me veio à memória um texto curto de Fernando Pessoa que dizia:

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condição de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?

A minha reflexão acerca de tais palavras veio de encontro ao que estamos vivenciando nesta troca de gestão no Diretório Acadêmico. É notável o feito da gestão ainda vigente. A maior parte das metas foi atingida. Entretanto, mesmo com o mérito das intenções da gestão anterior, ainda faltam determinados temas que me fazem questionar e querer avançar mais.

Sendo assim, uma nova proposta pretende acrescentar ao que já vem sendo realizado e, ainda, trazer o frescor e os anseios dos alunos que se sensibilizaram com a própria causa, ou seja, de todo o nosso corpo discente, tendo a disposição de quem quer mudar. Não apenas com esta denotação, mas com aquela de quem constata para mudar, como dizia Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia.

Desta maneira, nos tornamos capazes de intervir na nossa realidade, de decidir, de escolher e assim aprender os saberes com a humildade de quem quer ouvir e ser ouvido. Este processo torna-se denso visto que precisamos compreender o que se passa ao nosso redor com consciência critica.

Isto nos leva a planejar mudanças e sabemos que toda mudança nos leva ao medo de algo ainda desconhecido. Drummond dizia que fomos educados para o medo. Ou melhor, na nossa cultura nos educaram para lidarmos com ele vendando os nossos olhos para o sofrimento e para o fracasso. E é para enfrentarmos estes pontos que escolhemos gerenciar o medo com a nossa coragem.

Formamos um grupo determinado com o compromisso de construirmos uma unidade e é desta unidade que vai nascer a novidade da gestão.

Como Chapa Única, pedimos o seu voto!

Queremos legitimar a nossa força como corpo estudantil, como parte integrante da Universidade, bem como exercer nosso poder de decisão na comunidade acadêmica!

Certas pessoas não vêem dificuldade nisto, mas nós estudantes sabemos a real complexidade da questão. Não devemos temer a resistência ou nos submetermos à resignação.

Outras pessoas nos perguntam de onde vem a vontade do envolvimento com a nossa política. Encontrei resposta num discurso de posse de um integrante da Academia Brasileira de Letras que dizia “que força é essa que nos empurra para longe do conforto daquilo que é familiar, e nos faz enfrentar desafios, mesmo sabendo que a glória do mundo é transitória?” Boa pergunta, pensei. E ele respondeu a si mesmo que “crê que esse impulso se chama: a busca do sentido da vida”.

Nossa gestão entende que a profissão que escolhemos “Vale a Vida” e é o sentido desta vida que procuramos e defendemos. Até quando? Não sabemos, só sabemos que será até quando existir alguém que como nós acredita e luta por um objetivo, pelo coletivo, sobretudo: pela vida.

Carolina Felippe

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